Cravado no pensamento está a tua imagem viva
Longe e solene estás de mim
A vulgaridade a que me predisponho ponho no canto que quiseres.
Somente no canto que quiseres e que pra mim for possível
pois se algo de mim não cabe no espaço que cabe dois
nada caberá entre a gente.
Só caberão as roupas no guarda-roupa
O pingente em teu colar a adornar o teu pescoço
Se algo de ti não cabe a dois nada caberá entre a gente.
Caberá o açúcar à formiga
o canto ao encanto
e nada caberá entre a gente, caberá somente a conveniência do amor.